Luiz Carlos Bresser-Pereira
Revista de Economia Política 28 (1), 2008: 47-71.
A doença holandesa é uma falha de mercado fundamental que se origina na existência de recursos naturais ou humanos baratos e abundantes que mantêm a taxa de câmbio sobre-apreciada por um tempo indeterminado. Quando um país sofre da doença holandesa ele tem duas taxas de câmbio de "equilíbrio" - a taxa de câmbio de equilíbrio "corrente" que equilibra intertemporalmente a conta-corrente, e a taxa de câmbio de equilíbrio "industrial" que viabiliza outras atividades comercializáveis além das que dão origem à doença que usam tecnologia no estado da arte. É um obstáculo ao crescimento do lado da demanda agregada porque limita as oportunidades de investimento.