Clóvis Rossi
Folha de S.Paulo, 31.7.2016
A esta altura, está mais que evidente que o expurgo que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, está promovendo vai muito além da lógica -e justa - repressão aos golpistas que ensanguentaram o país no dia 15 passado.Trata-se, acima de tudo, de eliminar da cena pública os aliados do líder islâmico Fetullah Gülen -e, no embalo, perseguir outros rivais. Em outras palavras, dar passos rumo à ambição de Erdogan de se tornar um caudilho ou, para entrar no contexto turco, um sultão indisputado.